A Fundação Nacional do Índio (FUNAI) deveria, em teoria, ser um órgão de amparo às causas indígenas, entretanto, entre 1969 e meados da década de 1970, manteve sigilosos centros de detenção para índios considerados “infratores”. Ambas no estado de Minas Gerais, as cidades de Resplendor e Carmésia abrigaram esses centros sob vigia da polícia militar. 
Diversas denúncias de tortura, trabalho escravo e desaparecimentos estão relacionadas ao Reformatório Krenak na cidade de Resplendor (MG) e à Fazenda Guarani na cidade de Carmésia (MG). Mais de uma centena de presos, de diversas etnias, vindos de pelo menos 11 estados brasileiros estiveram sob reclusão nestes locais, muitos deles estavam relacionados à luta contra a invasão de áreas hoje reconhecidamente pertencente aos indígenas. 
Até hoje poucas informações são de conhecimento público a respeito do que acontecia nesses lugares, ninguém foi indenizado por violação de direitos humanos. Nem mesmo o Estado brasileiro chegou a reconhecer a culpa por esses crimes.
Veja um pequeno documentário sobre o tema:
Fonte: http://www.apublica.org/2013/06/ditadura-criou-cadeias-para-indios-trabalhos-forcados-torturas/